O Eternauta Netflix: Série Domina TOP 10 em Mais de 20 Países

Lançada em 30 de abril de 2025, a adaptação da icônica história em quadrinhos argentina rapidamente se tornou um fenômeno global, alcançando a liderança de audiência na Netflix em pelo menos 20 países, incluindo Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Paraguai, Uruguai, Venezuela, além de nações europeias como Hungria, Itália, Eslovênia, Espanha e Turquia.

Neve mortal e críticas positivas em plataformas globais

O sucesso não se limita apenas aos números de audiência. O Eternauta tem recebido avaliações extremamente positivas nas principais plataformas de crítica: no IMDb, a série conquistou uma nota de 7,7/10, enquanto no Rotten Tomatoes alcançou impressionantes 92% de aprovação da crítica especializada e 84% do público. Esta recepção reforça a qualidade desta adaptação dos quadrinhos que agora ganha uma nova vida no formato audiovisual.

A produção argentina se destaca pela sua habilidade em misturar gêneros como ficção científica, suspense e drama, além da alta qualidade técnica que emprega tanto sets reais quanto virtuais – uma estreia para uma produção desta magnitude na região latino-americana.

Ricardo Darín e o misterioso inimigo alienígena revelado

Buenos Aires coberto por neve tóxica se torna o cenário perfeito para que Juan Salvo, interpretado magistralmente por Ricardo Darín, descubra a verdadeira natureza da invasão alienígena. No último episódio da temporada, finalmente são revelados aspectos cruciais sobre o verdadeiro inimigo por trás da invasão.

A cena climática próxima ao estádio do River Plate mostra Juan Salvo e seu companheiro Franco testemunhando uma visão perturbadora: uma criatura alienígena usando seus múltiplos dedos para manipular tanto humanos quanto os gigantescos “cascarudos” (escaravelhos gigantes), revelando que os comportamentos estranhos observados em diversos personagens eram resultado de controle mental.

Esses seres de dedos alongados são conhecidos, nos quadrinhos originais de Héctor Germán Oesterheld, como “Os Manos” (As Mãos). Eles funcionam como estrategistas e supervisores da invasão, controlando tanto os insetos gigantes quanto os humanos transformados em marionetes sem vontade própria.

Final explicado: o futuro de Clara e a hierarquia alienígena

A revelação mais inquietante surge nos momentos finais, quando Clara, filha de Juan, aparece praticando tiro ao alvo com o mesmo olhar vazio que Lucas exibiu antes de tirar a própria vida – sugerindo que também está sob controle alienígena. O comportamento estranho da jovem, que alegava não se lembrar do caminho percorrido para reencontrar os pais, agora faz sentido diante desta nova ameaça.

Nos quadrinhos originais, a hierarquia alienígena é mais complexa do que o mostrado até agora. Os Manos, que ganharam destaque no final da temporada, não são os líderes supremos da invasão. Eles estão subordinados a entidades ainda mais poderosas e enigmáticas conhecidas como “Os Ellos” (Os Eles), os verdadeiros mestres invisíveis por trás de todo o plano de dominação.

Segunda temporada já confirmada oficialmente

A Netflix já confirmou oficialmente a segunda temporada da série argentina ao final do último episódio. Embora ainda não haja uma data definida para estreia, Bruno Stagnaro, diretor, e Ariel Staltari, ator e roteirista, já estão trabalhando no roteiro da sequência, conforme confirmado pela equipe da Netflix durante entrevistas recentes.

O próprio Ricardo Darín confirmou em entrevistas que haverá uma segunda temporada, uma vez que a intenção é contar a história “do princípio ao fim”, embora as filmagens ainda não tenham começado.

Uma produção histórica para o audiovisual latino-americano

A série O Eternauta representa um marco histórico para o audiovisual latino-americano, utilizando uma combinação sem precedentes de sets reais e virtuais. O projeto é uma das produções mais ambiciosas já realizadas na Argentina e está sendo distribuída para mais de 200 países, dublada em mais de 12 idiomas e legendada em mais de 30.

Esta adaptação não é apenas uma história de ficção científica envolvente. A HQ original, publicada entre 1957 e 1959, é considerada uma metáfora poderosa sobre opressão e autoritarismo. Seu criador, Héctor Germán Oesterheld, foi sequestrado e morto pela ditadura militar argentina em 1977, junto com suas quatro filhas e três genros, o que adiciona uma camada extra de significado à obra.

No Brasil, a publicação mais recente de O Eternauta é da Pipoca & Nanquim, que lançou em 2024 uma edição definitiva do quadrinho, com o segundo volume previsto para este ano. A chegada da série impulsionou o interesse pela obra original, considerada um dos maiores clássicos dos quadrinhos latino-americanos.

Esta adaptação ressoa temas universais sobre resistência coletiva, solidariedade e a natureza humana frente a crises extremas, como destacado pelo próprio slogan da série: “Ninguém se salva sozinho”. Enquanto aguardamos a continuação, a neve mortal de Buenos Aires continua conquistando o mundo, e O Eternauta Netflix firma-se como um dos maiores sucessos argentinos na história do streaming global.

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